terça-feira, 26 de abril de 2011

Decepção

Ontem, fiquei mais uma vez decepcionada com a atitude de uma pessoa a quem eu quero um bem enorme.
Não foi nada grave. Chegou a ser até infantil, mas como me chocou!
Uma expressão ingênua até, mas de um significado monstruoso, no contexto.
Por mais que a gente seja avisado pra tomar cuidado com as palavras, insiste em não pensar para falar.
A gente tem o mau hábito de falar sem avaliar as conseqüências.
Fico pensando, em quanto mal eu distribuo, por falar a primeira coisa que me vem à "boca", sem antes atentar ao que está na "cabeça", ou seja, o que exatamente eu quero dizer com a frase que digo e a entonação que eu uso.
Claro, que há momentos em que não se tem tempo para pensar, mas se a gente observar e ouvir mais, antes de sair metralhando o que pensa, pode evitar muitos desencontros...
Com a idade avançando, a tendência é a gente pensar mais antes de falar, mas ainda estou no primeiro estágio desse processo, tenho muito a aprender...
Espero tirar boas lições do que me surpreendeu ontem, pelo conteúdo e forma...
Tenho um amigo, que sempre alertou, que o mal que estamos pensando sobre alguém, pode ser o mesmo ponto de vista do outro sobre nós. Explico:
Quando a gente dá uma oportunidade a uma pessoa e essa pessoa nos apunhala pelas costas, pode ser exatamente porque essa pessoa esteja sentindo a mesma coisa - isto é, que ela esteja se sentindo igualmente apunhalada por nós.
Quando alguém diz que a gente é de um determinado jeito - por exemplo: "Fulano é muito mesquinho", pode ser que o "Fulano", tenha a mesma avaliação sobre a gente que está dizendo isso de "Fulano".
Fui clara? Acho que não, né? Risos...
De qualquer modo, o que importa é que a gente pense mais, observe mais o em torno e ouça mais, antes de abrir a boca e despejar sobre o outro, aquilo que realmente pensa.
Pensar sem agir, pode ser uma forma de inércia apática, mas agir sem pensar, pode ser desastroso!

Bom dia!!!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Avaliação

O cansaço se instalou, mas não tenho como pensar nisso agora. Ainda há muito a ser feito e por mais que eu lute contra o tempo, ele sempre vence.
As horas de embate e labuta, são mínimas, comparadas ao que pretendo edificar.
As faltas e perdas, são maiores que o apego que eu possa ter por tudo que já conquistei até aqui.
Não posso me ater ao que perdi e tão pouco, lamentar o que ainda não tenho. 
Segue o dia, a semana corre e o mês se vai...
Preciso me concentrar em dar importância só ao que de fato, tem importância.
Bom dia!

domingo, 24 de abril de 2011

Conto (revisado)

O conto abaixo, escrevi em 1989 e foi publicado em junho, no n.º 4 da revista mineira Autêntica (periódico publicado em Uberaba-MG), que recebeu, na época, muitos elogios, inclusive da revista Veja (Editora Abril). Resolvi postar hoje, para desejar feliz páscoa aos seguidores e visitantes. Espero que apreciem.

O presente
 
A campanhinha nem tocou, ou tocou, não me lembro. Na verdade fui lá e abri a porta.
O homem de uniforme vermelho me disse que era do Correio.
Pensei confusa, se os Correios haviam mudado a cor do uniforme. Eu tinha certeza que antes a cor do uniforme dos Correios era amarela!
Não cheguei a perguntar, pois ele segurava aquela imensa caixa, toda embalada cuidadosamente, dizendo que era para mim.
Eu disse que não havia encomendado nada.
O homem do Correio perguntou se aquela não era a rua do endereço destinatário. Era. 
Perguntou se aquele não era o meu nome. Era - e olha que ele nem havia perguntado como eu me chamava, mas sabia que era eu!
Insisti: não havia encomendado nada! Mas o homem me falou que tinham mandado ele fazer aquela entrega, naquela rua, naquele número e para mim. E tudo conferia.
Perguntei sobre quem havia mandado.
O homem com o uniforme dos Correios, que agora não era mais amarelo, e sim vermelho, disse que era aquele que estava no cartão do remetente.
Procurei o cartão. Estava em branco.
Disse ao homem que segurava o pacote, que não havia remetente.
O entregador me respondeu que eu teria que reclamar no Correio, antes, para poder reclamar, deveria receber a encomenda.
Mas e se houvesse algum engano e não fosse para mim?
O homem do uniforme vermelho me respondeu que os Correios não se enganam. O pacote era meu mesmo.
O sol já estava quente e a embalagem começava a transpirar.
O que seria?
O homem me disse que não era pago para saber o que continham as caixas, mas apenas para entregá-las.
Eu argumentei que poderia pedir informações lá nos Correios, com algum funcionário que fizesse as embalagens. Ele concordou, mas informou que para tanto, eu deveria acusar o recebimento naquele papel timbrado e depois de receber a caixa, ir aos Correios e preencher um formulário para depois de protocolado, se deferido, poder perguntar para o funcionário que fazia os pacotes.
E se eu não quisesse aceitar?
Enquanto isso, a caixa já começava a pingar de tanto que o sol estava quente!
Aí, o homem de uniforme dos Correios, disse que eu não poderia deixar de aceitar; Primeiro, porque ele não poderia voltar com o pacote para não ser demitido e segundo, porque se era um presente, não ficava bem devolver.
É, nisso tive de concordar. Seria deselegante não aceitar um presente.
O homem dos Correios, de uniforme novo, que não era mais amarelo, mas sim vermelho, já estava cansado de tanto segurar aquela caixa, toda embalada com a experiência de quem sabe fazer pacotes. Tinha uma aparência envelhecida e fiquei pensando se não era por causa do calor, que no momento, fazia com que as fitas adesivas em torno da caixa, se despregassem, enquanto o conteúdo da mesma escorria e evaporava, antes de tocar o piso.
O homem do uniforme me perguntou onde poderia deixar o pacote.
Eu lhe pedi que deixasse ali mesmo, na sala. 
Ele deixou a caixa imensa, agora toda molhada e degringolada, no meio da sala, me deu o papel timbrado dos Correios, para eu assinar, acusando o recebimento.
Quando olhei a data, percebi que havia se passado trinta anos, desde o dia em que o homem do traje vermelho chegara a minha porta, com aquele embrulho enorme, já todo amarrotado.
Cansada também, assinei, um tanto desolada, mas ainda curiosoa sobre quem teria me mandado o presente.
O entregador foi embora exausto, meio triste até.
Eu fiquei ali, sentada, olhando para aquele embrulho todo desmatelado no chão.
Só então resolvi saber o que continha e decidi desmanchar o pacote, agora seco, desbotado e amarfanhado.
Rasguei o papel envelhecido pelo tempo e deparei com a caixa de papelão.
Sobre a mesma havia um aviso:

"FRÁGIL - ESTE LADO PARA CIMA"

Abri a caixa e dentro dela encontrei um saco plástico, transparente, selado com um rótulo, mas o saco estava vazio.
Irritada com a brincadeira e a perda de tempo, li o rótulo:





CONTEÚDO VOLÁTIL:
F E L I C I D A D E


sábado, 23 de abril de 2011

Malhando o Judas

Quando eu era criança, a rua na qual nasci e morava, era habitada por 70% de portugueses. Todos muito religiosos. 
No dia de hoje (sábado de aleluia), eles faziam um boneco que era recheado de palha, papel e pano velho e o vestiam, mas não sem lhe dar uma cara, normalmente feita com botões e retalhos de panos para colorir os lábios, enfim...
Levavam horas, confeccionando o boneco, que depois, era içado e pendurado num poste da rua, e ali, ao meio dia, o enchiam de pauladas até que ele se desfizesse por inteiro, quando então, ateavam fogo no que restava da palha, papel e pano velho que tivessem dado forma ao corpo do boneco, até que se fizesse em cinzas.
Eu assistia aquilo, sem entender a razão de tanto trabalho, para em seguida destruir. Não via sentido.
Hoje, vejo que a vida nada mais é do que o resultado daquilo que construímos para destruirmos, através das nossas atitudes, ao longo dos anos. 
Construímos famílias que os desentendimentos, o alcoolismo, a violência, a falta de paciência e intransigência destroem; 
Construímos relações afetivas, que a traição e os interesses pessoais destroem;
Construímos laços profissionais que a ganância e a falta de objetivos comuns destroem;
Tudo o que passamos horas, dias, semanas, meses e anos construíndo, destruímos em segundos, numa briga, num defender ferrenho de ponto de vista, por orgulho e vaidade, até que restem somente as cinzas daquilo que poderia ter sido sólido, bom, verdadeiro, por séculos.
Acho que é da natureza humana, "malhar o Judas". A gente tem o dom de criticar no outro, aquilo que nos incomoda em nós mesmos e ai, buscamos a "fênix" que exite em nós, para tentarmos renascer das cinzas dos nossos erros.

Bom dia!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Vou vivendo

A incerteza, a dor da traição, o abandono, o fracasso frente aos projetos mais bem cuidados e de maior investimento (não necessariamente financeiros), são sentimentos e sensações que nos abstraem e nos tiram a capacidade de discernir entre o que queremos e o que podemos.
Seja como for, quem não se machuca, ou nunca se machucou, é porque não corre e nem nunca correu riscos; Em outras palavras, não vive e não viveu.
Antes viver quebrando a cara, ao ostracismo.
A covardia, frente as dificuldades da vida, nos conduz à impotência ante a possibilidade de fazer escolhas e, como é sabido, quem escolhe, sempre perde aquilo que declinou.
Sigo em frente! 
O dia está lindo lá fora, mas nublado no meu coração. No cérebro, só tenho a certeza, como dizia o poeta: "navegar é preciso".
Bom dia especial as minhas seguidoras e aos demais visitantes.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A número 1

São quatro, as fases da lua. Dizem que elas nos influenciam diretamente e, em alguns casos, até comprovadamente, como no cabelo, no estado de ânimo, na hora de semear, na hora de colher...
Acho que só tenho duas fases: quando tudo vai bem e quando tudo vai mal.
O interessante, é que na minha vida, não tem meio termo. Ou tudo vai bem, ou tudo vai MUITO mal!!!
Quando a fase é boa, é só boa, mas quando é ruim, ah... como capricha! Ai é que é ruim, com vontade!
Estou vivendo a fase ruim. Está ficando cada dia pior e ainda falta muito tempo para começar a melhorar... Tem dias, que tenho a impressão que nunca tive fases boas, só refrescos.
As fases da lua, em geral, duram 7 dias, enquando as minhas, as boas, duram algumas horas e as ruins, duram a eternidade!
De qualquer modo, eu não sou do tipo que desiste, até porque, se fosse, há muito tempo eu não sei o que teria sido da minha vida, posto que provavelmente, nem estaria escrevendo essas linhas.
Como dizem que o frio é de conformidade com o cobertor, sempre tem alguém que aparece na vida da gente, demonstrando que se deve seguir em frente. Tomara que minhas impressões deixadas aqui, possam servir para ajudar alguém a refletir comigo, o que será bom, quiçá divertido...
Eu já tinha até pensado em parar de postar estas páginas, quando a minha prima (emprestada - na verdade, ela é prima do pai do meu filho, portanto, prima do meu filho - mas nossas empatias são tantas, ela é tão querida, que sinto como se fôssemos primas consangüíneas), me deixou um recadinho lindo e me enchendo de elogios, que me obrigam primeiro a agradecer e tornar público o meu carinho pela Maria Teresa e, depois, continuar.
Então, Teca, obrigada pelo carinho presente e constante e obrigada, minha SEGUIDORA N.º 1. Esse título, é só seu! Rs...
Obrigada e bom dia!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Escombros

Passada a tempestade, agora é a hora de procurar entre os escombros, o que pode ser recuperado...
As perdas, são irreparáveis, mas ninguém é insubstituível. Aquela luz no fim do túnel, ainda não vejo, mas convicta de sua existência, pelo menos, já percebo que ela se aproxima.
Bom dia!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Ainda a tempestade

O tsuname que passou por aqui, deixou várias seqüelas, mas como diz a Mari, perder a mãe, o pai, o filho, algum ente querido, até mesmo um animal de estimação, é algo muito mais relevante que a perda de um bem material, de um cliente, de um sócio, enfim...
Quando eu pensei em somar, trouxe mais uma pedra para o nosso colar, mas infelizmente, exatamente essa preciosa joia, não se encaixou. Dividiu. Tirou a estética do que era perfeito. O preço que pago por isso é altíssimo, mas o pior é o gosto amargo do sentimento de fracasso. O erro foi meu, ao investir e acreditar em quem não estava pronto para a transformação da pedra bruta em diamante. Eu perdi exatamente porque só queria que os outros ganhassem comigo.
Claro que toda perda, esgota e desgasta, mas nesta vida, só não se dá jeito para a morte, então, sigo em frente.
Estou doída, machucada mesmo, mas acho que consigo prosseguir, se eu enxugar as lágrimas e a máquina.
Bom dia!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Amanhã

Amanhã será outro dia! 
A vida continua...
Se eu não estiver mais aqui, outros estarão para dar continuidade na existência da humanidade, então, só me resta caminhar, até que o desfecho se faça!

Até quando?

Estou me sentindo como se tivessem me colocado numa máquina de moer! Vim ao mundo para não ter trégüa! 
Quando penso que as coisas vão seguir em frente, tudo a minha volta despenca! 
Minha vida é feita de recomeços intermináveis... sempre que a vida começa e me proporcionar algo melhor, uma ocorrência vem para devastar qualquer sonho, qualquer plano, para me mostrar que nada será possível. 
Apesar de não ser de desistir facilmente das coisas, começo a sentir o peso do cansaço do tempo... percebo que o ânimo se esvai... que as forças me abandonam... 
Penso que não devo me empenhar com mais nada. Esperar o que tiver de ser, para ver como é que fica... estou realmente desistindo de lutar...
Já que nada caminha a contento, para frente, então, que eu me entregue à derrota, quem sabe, ela me deixa em paz?

Portal Plena Mulher - de Luz de Tirza. (Fotos do mural)

Estava indo na vida sem esperança e sóbria. Todas as coisas que sonhei foram se tonado cinzas em minha frente. O gosto de sangue na boca e as palavras que esvaziam a alma, eu escutei todas. O céu de meu mundo não tinha estrelas e nem nuvens para fazer sombra ao sol escaldante. Eu pude ver que existia poder nas palavras de quem quer o seu mal, e que se ouvires constantemente tais palavras, elas passam a ser verdade em seu coração, E é ai que quando te olhares no espelho, verá a face caída no vale de trevas e ruas sem saída, e para não ver, fecharás os olhos e chorarás como fosse a única saída para teu coração ferido. Mesmo assim, o seu grito mudo parece ecoar no ar de uma imensidão de mentes prontas para te criticar. Mentes que não estendem as mãos, mas tem forçam a ver tua aflição de alma. E, sem resposta, só sabem dizer que tu és forte. Tu és forte mesmo que ninguém ache isso de ti, mas não são estas as palavras que queres ouvir e sim apoio para poder sobreviver. Ninguém imagina do que o homem é capaz, quando sabe que não quer deixar outro viver e rouba de ti o bem mais preciso: o seu sorriso. Tua face no espelho mostra que estás só como sempre esteve, não adianta esperar por socorro, pois este não virá. Terás só duas escolhas: ou serás humilhada e passarás por vergonhas pelo resto da tua vida, ou passarás por vergonhas e serás condenada. É nesta hora onde perder tudo e recomeçar longe de todos e de tudo, parecerá a melhor saída, mas as feridas não fecham. Seremos todos condenados por querer viver, mesmo que os atos de desespero não sejam os que agrade a todos, ou que a moral permita que seja o que se diz ser correto. Agora te pergunto quem esta sofrendo? São aqueles que tu queres agradar? São eles que vão ser humilhados no seu lugar? Se quiseres continuar a viver mesmo que para isso não agrade a todos, viva. Saia correndo de onde estiver sofrendo. Pois cada dia que ficares será um gole de veneno a ser tomado devagar e sem pena. Ninguém sabe tua dor e nem onde dói. Só tu sabes bem onde vai doer mais. Feche os olhos e chore tudo que deves chorar e saía correndo para lutar por tua liberdade, mesmo que todos não achem que poderá dar certo. Mesmo que tua motivação seja de acertar. Mesmo que tudo venha a ter sido motivado pela dor e desespero. Revelar........................feito por Luz de Tirza..........Pensamentos da alma (Anjos Negros)

Independentemente

Qualquer que fosse o dia da semana, algumas ocorrências têm o dom de nublar o dia mais lindo! Aff! Quem é que pode prever? Acabam de estragar o meu dia, porquanto ele possa estar lindo lá fora.

Segunda-feira

Se hoje fosse domingo, o dia seria perfeito, mas é segunda-feira e, apesar do dia esplendoroso que está lá fora, vou ficar confinada na minha sala.
Bom dia a todos os trabalhadores desse mundo e também aos que podem se dar o luxo de caminhar na praia, sem pressa, aproveitando o sol.

domingo, 17 de abril de 2011

PRA QUE SERVE ISSO?

Estou aqui me perguntando, qual é a finalidade de um Blogger... não entendi ainda... é um diário?
Seja qual for o objetivo, resolvi aprender, afinal, deve servir para alguma coisa!
Então, para quem ler esta mensagem, obrigada pela visita e tenha uma ótima semana!