quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

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Se é pra ser feliz, tanto faz, casado, juntado, ficado... o que todos buscamos, é a sensação de segurança ao lado do ser amado!
Se a gente é capaz de se doar, se entregar sem cuidado, então, se torna capaz ao amor.
É preciso cuidar do amor, como quem cuida de uma planta rara. É preciso cuidar do outro, como quem cuida de jóia preciosa.
Não basta dizer que ama! 
Se a gente não enxerga no outro, o que está nas entrelinhas, se não está atento ao que pretende, não há como amar.
Amar, requer paciência, generosidade, leveza, bom humor e, além de tudo, disponibilidade. O amor é exigente!
Se não se é capaz de pequenas renúncias diárias, também não é capaz de amar.
A doação de si mesmo, ao ser amado, implica na reciprocidade que se espera.
A cumplicidade, é mais que fidelidade, pois nela, consiste a liberdade de estar ao lado do outro, sem restrições, sem egoísmo.
Claro que não é fácil!
Amar dá trabalho. Amar é um exercício humano divino. Só os deuses, são plenos, mas o amor exige plenitude.
Ser único, exclusivo, implica em ser absurdamente comprometido com o amor.
Não se é fiel ao outro, mas ao amor! Só em nome do amor, a gente se sente capaz dessa entrega absoluta.
Não tem nada igual à sensação de estar apaixonado. É um frisson indescritível. O corpo reage, o coração acelera, a pele agradece, o sorriso flui (mesmo com as contas para pagar e o chefe insuportável pegando no pé)...
Amar, é algo mágico!
Um fôlego que o ser humano descobriu, para respirar no redemoinho da vida cotidiana, até porque, amar é viver dentro de um turbilhão de sensações.
Amar é ímpar, mas só se permite aos pares!
Só quem ama, ou já amou, será capaz de descrever (ou nem assim), todas as sensações que se lhe envolvem ao mesmo tempo.
Sonhar os mesmos sonhos, até quando se está dormindo... sentir a presença e o perfume da pele do outro, mesmo estando longe... vivenciar a certeza do abraço que envolve a alma e não só o corpo... conseguir materializar o medo e a insegurança, quando o telefone não toca... tudo isso junto e misturado, só para quem ama ou já amou.
É por essas e outras, que a gente corre atrás do amor, diariamente em todos os dias da vida adulta: Não tem adrenalina que supere o amor. 
Quer viver perigosamente? Ame!

Bom dia!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Animal

Para muitos, só um bicho.
Para quem tem um animal de estimação em casa, é muito, mas muito mais do que isso.
A exemplo das minhas cachorras, tratadas por mim como "meninas", a Anastácia e a Belizária, mãe e filha, respectivamente e, várias vezes mencionadas aqui, o animal que a gente adota, nos absorve de tal modo, que passa realmente a ser parte da vida da gente.
Invariavelmente, não nos damos conta, mas não somos nós quem cuidamos deles, antes o contrário: Eles é que cuidam de nós!
Sentem alegria, fome, frio, medo e dor, mas quando somos nós quem sentimos tudo isso, também são capazes de perceber nossos sentimentos, com uma generosidade incrível e, quanto a isso, só quem os tem em casa, convivendo, para saber que é assim que acontece.
O latido (miado, no caso de gatos), é diferente para cada situação. 
O olhar, então? Ah, o olhar conversa com a gente, uma lingüagem cúmplice, autêntica, que nenhum outro ser humano é capaz de nos dar a menos que muito apaixonados e em absoluta sintonia...
A forma como nos dizem da sua satisfação e vontade de viver, nos ensina o quanto somos pobres de espírito, porque o que esperam da vida, nada mais que carinho (até mesmo antes dos subsídios necessários à sobrevivência), depois, comida e qualquer cantinho para dormir... 
Tudo bem, eles não pensam! Mas sentem!
E a gente, que pensa, mas é capaz de matar, roubar, trair, trapacear, subornar, mentir, enganar, maltratar, estuprar, espancar, corromper... quer mais?
Não é por nada não, mas acho que eles estão em vantagem, na linha da moral e da ética...
Até porque, ninguém é capaz de tanta lealdade. Se estamos dispostos a eles, nos amam incondicionalmente, mas se não estamos disponíveis, nos amam mesmo assim.
E pensar que tem humano, cruel o suficiente para judiar com requintes, esses seres tão generosos...
Minhas "meninas", estão muito doentes e tenho passado as noites com elas no colo, entre lágrimas, porque elas estão me demonstrando uma coragem e uma força de continuar lutando para viver e estar comigo, que ninguém no mundo é capaz de fazer.
São "filhinhas" indefesas, que eu preciso proteger e me sinto impotente, porque mesmo dando o melhor tratamento, não depende só de mim...
Espero que eu possa vê-las vencer e voltar a latir e fazer traquinagem no quintal, porque estou sentindo muito a falta do barulho de vida que elas produzem...
Cuide com amor e carinho, de todos os animais que encontrar pela frente, porque certamente, eles lhe retribuirão, e até lhe darão tudo de si, sem pedir nada, absolutamente nada em troca!

Bom dia!

domingo, 8 de janeiro de 2012

Tempo

A gente pensa que pode, mas não pode. Ninguém é senhor do tempo!
Ele determina quem, quando, onde e por que. 
Tudo tem seu tempo.
Chavão que retrata a constatação de que somos impotentes. Todos nós!
A mulher, que vê o marido sair de casa, sem maiores explicações, depois de muitos anos de casados, e que chora e sofre a perda, sem entender...
O pai que sofre a perda do filho, jovem, saudável e feliz, em conseqüência do atropelamento por um inconseqüênte alcoolizado...
O dono, que cuida bem, trata bem, mas vê seu animal de estimação morrendo, porque não tem recursos financeiros para levá-lo ao veterinário...
A mãe, que vê desolada o filho definhando sem atendimento no leito de um hospital público, onde tantos outros estão lançados à mesma sorte...
O homem, que trabalha de sol a sol, sem reconhecimento e recompensa pelo seu suor...
As intempéries do tempo...
Os momentos efêmeros de felicidade que nunca se perpetuam...
As conquistas vazias...
As realizações que deveriam nos alimentar por séculos, mas que nunca se cristalizam...
A inveja e a tirania...
A traição, com todas as suas faces...
Tempo!
O que justifica a nossa luta, o nosso empenho?
A dor da saudade, a mágoa que aniquila nossa saúde física e mental...
O cansaço de quem busca eternamente, sem êxito...
O dinheiro, que deveria ser solução, mas é problema...
A esperança, que não se renova, mas apenas se mantém ali, como sopro de vida...
A página virada, que na verdade, não passa de acomodação diante da inércia dos acontecimentos...
As catástofres, as perdas, as derrotas...
Todo gosto amargo, todo fel, todo desânimo...
O sol, que deu lugar à escuridão...
O medo, que dá espaço à insegurança...
O crime sem castigo...
Tempo?
Será mesmo que é o nosso diapasão?


Bom dia!!!