domingo, 8 de janeiro de 2012

Tempo

A gente pensa que pode, mas não pode. Ninguém é senhor do tempo!
Ele determina quem, quando, onde e por que. 
Tudo tem seu tempo.
Chavão que retrata a constatação de que somos impotentes. Todos nós!
A mulher, que vê o marido sair de casa, sem maiores explicações, depois de muitos anos de casados, e que chora e sofre a perda, sem entender...
O pai que sofre a perda do filho, jovem, saudável e feliz, em conseqüência do atropelamento por um inconseqüênte alcoolizado...
O dono, que cuida bem, trata bem, mas vê seu animal de estimação morrendo, porque não tem recursos financeiros para levá-lo ao veterinário...
A mãe, que vê desolada o filho definhando sem atendimento no leito de um hospital público, onde tantos outros estão lançados à mesma sorte...
O homem, que trabalha de sol a sol, sem reconhecimento e recompensa pelo seu suor...
As intempéries do tempo...
Os momentos efêmeros de felicidade que nunca se perpetuam...
As conquistas vazias...
As realizações que deveriam nos alimentar por séculos, mas que nunca se cristalizam...
A inveja e a tirania...
A traição, com todas as suas faces...
Tempo!
O que justifica a nossa luta, o nosso empenho?
A dor da saudade, a mágoa que aniquila nossa saúde física e mental...
O cansaço de quem busca eternamente, sem êxito...
O dinheiro, que deveria ser solução, mas é problema...
A esperança, que não se renova, mas apenas se mantém ali, como sopro de vida...
A página virada, que na verdade, não passa de acomodação diante da inércia dos acontecimentos...
As catástofres, as perdas, as derrotas...
Todo gosto amargo, todo fel, todo desânimo...
O sol, que deu lugar à escuridão...
O medo, que dá espaço à insegurança...
O crime sem castigo...
Tempo?
Será mesmo que é o nosso diapasão?


Bom dia!!!