quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Animal

Para muitos, só um bicho.
Para quem tem um animal de estimação em casa, é muito, mas muito mais do que isso.
A exemplo das minhas cachorras, tratadas por mim como "meninas", a Anastácia e a Belizária, mãe e filha, respectivamente e, várias vezes mencionadas aqui, o animal que a gente adota, nos absorve de tal modo, que passa realmente a ser parte da vida da gente.
Invariavelmente, não nos damos conta, mas não somos nós quem cuidamos deles, antes o contrário: Eles é que cuidam de nós!
Sentem alegria, fome, frio, medo e dor, mas quando somos nós quem sentimos tudo isso, também são capazes de perceber nossos sentimentos, com uma generosidade incrível e, quanto a isso, só quem os tem em casa, convivendo, para saber que é assim que acontece.
O latido (miado, no caso de gatos), é diferente para cada situação. 
O olhar, então? Ah, o olhar conversa com a gente, uma lingüagem cúmplice, autêntica, que nenhum outro ser humano é capaz de nos dar a menos que muito apaixonados e em absoluta sintonia...
A forma como nos dizem da sua satisfação e vontade de viver, nos ensina o quanto somos pobres de espírito, porque o que esperam da vida, nada mais que carinho (até mesmo antes dos subsídios necessários à sobrevivência), depois, comida e qualquer cantinho para dormir... 
Tudo bem, eles não pensam! Mas sentem!
E a gente, que pensa, mas é capaz de matar, roubar, trair, trapacear, subornar, mentir, enganar, maltratar, estuprar, espancar, corromper... quer mais?
Não é por nada não, mas acho que eles estão em vantagem, na linha da moral e da ética...
Até porque, ninguém é capaz de tanta lealdade. Se estamos dispostos a eles, nos amam incondicionalmente, mas se não estamos disponíveis, nos amam mesmo assim.
E pensar que tem humano, cruel o suficiente para judiar com requintes, esses seres tão generosos...
Minhas "meninas", estão muito doentes e tenho passado as noites com elas no colo, entre lágrimas, porque elas estão me demonstrando uma coragem e uma força de continuar lutando para viver e estar comigo, que ninguém no mundo é capaz de fazer.
São "filhinhas" indefesas, que eu preciso proteger e me sinto impotente, porque mesmo dando o melhor tratamento, não depende só de mim...
Espero que eu possa vê-las vencer e voltar a latir e fazer traquinagem no quintal, porque estou sentindo muito a falta do barulho de vida que elas produzem...
Cuide com amor e carinho, de todos os animais que encontrar pela frente, porque certamente, eles lhe retribuirão, e até lhe darão tudo de si, sem pedir nada, absolutamente nada em troca!

Bom dia!