quinta-feira, 3 de maio de 2012

Covardice

Ontem, percebi que você tem muito medo.
Tem medo de amar, envelhecer, viver...
Olha, não adianta eu dizer que estou aqui para sempre, se você não pode investir, porque tem medo que eu não esteja; Não tem como!
Você não consegue manifestar amor, porque ama demais! 
Tem tanto medo de perder seus entes queridos, que prefere negá-los. Ilusória essa sua capacidade de desdenhar, para não sentir a perda.
Você diz que não é ciumento, mas alfineta o tempo todo. Dá indiretas, comenta, sorri, mas enquanto isso, avalia se estou ou não, realmente me importando com o alvo das suas investidas; Claro que é ciúme!
Diz que nunca amou ninguém, mas é mentira! 
Ama seus filhos, mas os mantém afastados, porque se perdê-los, já estará acostumado à ausência deles.
Seu medo de perder é tão grande, que prefere afirmar que não ama, porque assim, se um dia não for mais possível, pensa que será mais fácil se refazer.
Afirma que não vai esperar a morte, se tiver que depender de alguém, porque tem medo da dependência, não por ela, mas porque se alguém te faltar, não se perdoará por ter se permitido.
Na verdade, o que você tem é covardice. 
Medo de me amar, porque não pode conviver com a incerteza do meu amor. Não saberia o que fazer, se me perdesse, então, mais seguro manter a distância.
Bobagem! Quanto mais você estiver comigo, menos estarei longe de você.
Alguém um dia, disse que viver é mergulhar de cabeça, em queda livre. Amar também!

Bom dia!