sexta-feira, 30 de junho de 2017

Maria

Ela chegou no dia vinte e nove de junho do ano de dois mil e dezessete, pontualmente às sete e quarenta e oito da manhã.
Apesar de já ser inverno, o dia estava lindo, ensolarado para recebê-la.
Pesando dois quilos, seiscentos e vinte gramas e medindo quarenta e sete centímetros, agigantou-se de tal modo em meu coração, que chega a ser impossível imaginar, um coração tão pequeno conseguir guardar essa enorme criatura que me arrebatou de imediato. Como pode?
Nunca a tinha visto antes, mas já a amava e quando a vi, foi como se todo o meu ser a tivesse amado desde sempre.
Ela tinha exatas trinta e sete semanas de gestação ao nascer, mas estava pronta!
Veio para ser Maria.
Maria no dia de Pedro, Maria no dia de outras Marias, mas somente Maria.
Nasceu Maria filha, Maria irmã, Maria neta, Maria sobrinha, Maria prima, mas foi recebida com todos os olhares voltados para essa menininha que ainda nem abriu os olhos, mas já pressente os olhares do mundo.
Maria da madrinha Talita, que a guardou desde o primeiro momento, zelando por seu bem estar desde o parto.
Maria chegou na quinta-feira, mas já estava há muito tempo nos nossos sonhos, nos nossos anseios.
Maria, pequena gigante, que nos toma por inteiro e nos obriga a nos perguntarmos como foi possível até agora sem ela.
Maria tão cantada em verso e prosa, tão reverenciada, tão forte, tão suave ao mesmo tempo, tão menina, Maria.
Seja bem vinda meu anjo de luz!
Que você seja muito feliz aqui entre nós e que sua missão neste mundo seja de paz e de amor para todo o sempre, como seu nome inspira.
A vovó te ama, Maria!

Boa noite!