quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Incertezas

Se ele liga, me encho de esperanças. Se não liga, me pergunto onde errei...
Se sei onde está, baixo a guarda, relaxo... Mas, se eu ligo e ele não atende e não sei para onde foi, me cerco das dúvidas que não deveria ter.
Corro contra o tempo, para lhe encontrar, nem que seja por alguns minutos, mas as horas correm contra mim, quando estamos juntos!
Vejo estrelas e penso em seus olhos, mas tropeço em pedras, quando estou atordoada, buscando seu rosto em todos os rostos da cidade...
Que mundo é esse, onde os pares não podem simplesmente se encontrar e viver felizes para sempre?
Que ditadura é essa, em que amar, é me condenar às angústias de incertezas que me confundem?
Quero a estabilidade que tenho ao seu lado e que me desarruma toda, quando se afasta do meu abraço.
Espero que ele volte pela mesma estrada que o levou para longe... mas são incertos os seus passos...
Até quando, devo esperar por uma atitude, que ele não pode (ou não quer) tomar?
Sou mais inteligente que isso?
Não tenho mais convicção de nada, quando ele se afasta...
A única certeza, é que o sol vai nascer amanhã, quando o telefone tocar e ele me avisar que está voltando!
Então, recomeço a contagem regressiva, até o momento de nos afastarmos novamente, e toda incerteza se reinstalar, gerando em mim, a ansiedade que me consome até que ele volte na próxima semana...
O quero comigo!
Ele me quer ao seu lado!
O que precisamos mais, além desse querer que nos motiva um ao outro?
Ah... amar não é tão simples, mas deveria!


Bom dia!

3 comentários:

Anônimo disse...

Amiga Helena, como sempre escrevendo maravilhosamente , sabe que esta parte onde diz
"Que ditadura é essa, em que amar, é me condenar às angústias de incertezas que me confundem?, estou prometendo pra mim mesma ,nunca mais amar, para nao passar mais angustias...sei lá se estou certa, mas amar não é simples mesmo, adorei seu texto, pura realidade....Beijos...Rosani Cruz

Roberta Pedro disse...

Descobri recentemente que "desapegar" é muito mais fácil do que imaginava, o que realmente nos tira o chão e nos aterroriza é a ideia do "deixar ir"... e quando tudo termina e só nos resta enxergar a realidade, nos perguntamos "então, era só isso?". E tudo segue... o sol continua brilhando, os amigos continuam sinceros, e o melhor de tudo ainda é sentir a sensação de "eu tentei e fui até onde achei que deveria", e jamais lamentar que foi tempo gasto em vão. Os retratos e as lembranças dos bons momentos permanecem...

Helena, como sempre, palavras precisas.

Um beijo Grande.

Helena Bertulucci disse...

O que posso dizer diante de tanto carinho? Vocês são ótimas! Obrigada! Beijinho.