quinta-feira, 20 de junho de 2019

Uma princesa chamada Belizária

Era uma vez, num reino bem distante, um rei e uma rainha que tiveram quatro filhotes, sendo três meninos e uma menina.
O rei Teobaldo, era um lindo cãozinho e a rainha Anastácia, uma cadelinha muito carinhosa, meiga, mas uma mamãe muito cuidadosa.
Os príncipes Tibúrcio, Teófilo e Godofredo, ganharam logo o mundo para viverem suas aventuras, mas a princesa Belizária ficou no reino.
Infelizmente, um mal súbito levou precocemente o rei Teobaldo, deixando desalentadas a rainha Anastácia e a princesa Belizária, que ficaram sozinhas no mundo, podendo apenas contar uma com a outra.
A rainha Anastácia fez um bom trabalho na educação da peralta princesa Belizária, que já abria os olhos pela manhã, pensando em qual seria a aventura do dia ou a peraltice que faria.
Era gulosa, meiga e afetuosa como a mãe, mas tinha muita energia, adorava brincar e correr atrás de pipas.
Belizária enchia os dias do reino de alegria e era muito barulhenta. Latia por tudo!
Adorava assistir TV e sentava para pedir que os desenhos da tela viessem brincar com ela. E tinha preferências: futebol, desenho, filmes com bichinhos e noticiário. Não gostava de propagandas, se desinteressava e saía da sala, dava sua voltinha e quando o programa recomeçava, ela se reposicionava e novamente interagia, muito interessada em tudo.
Belizária era esperta, aprendia rápido e demonstrava todo o seu afeto e toda a sua lealdade buscando estar sempre do lado das pessoas do reino, fossem elas humanas ou caninas.
Era uma cachorrinha muito sapeca e beliscava as pessoas de quem se sentia enciumada.
Quando a mamãe humana resolveu adotar o Claudionor, ela demonstrou de imediato que era quem mandava no pedaço. E olha que ele era muito maior que ela, mas valente, rosnou e enquadrou o novo membro da família.
Essa atitude, rendeu a ela algumas mordidas do mano mais novo, que também tinha ciúmes da princesa, mas jamais a intimidou.
Belizária suportou a partida da mamãe Anastácia, com coragem e tristeza, assumindo o comando do reino e mesmo sendo muito menor, era quem dominava o castelo e até mesmo o mano Claudionor, que também sentiu muito a partida da rainha Anastácia, com quem desenvolveu uma linda amizade.
Certo dia, Belizária apresentou os mesmos sintomas de problemas na coluna que teve a mamãe Anastácia, já que ambas eram da raça teckel (salsichinha), e por ter a coluna alongada, não raro, essa raça é acometida por sérios problemas que no caso da nossa princesinha, a travou por completo, impedindo-a até de engolir, e ela sentia muitas dores insuportáveis...
A mamãe e o mano humanos a levaram a uma veterinária, que pediu exames, mas infelizmente, não deu tempo de os resultados ficarem prontos e ela se foi enquanto dormia na caminha que ficava no quarto da mamãe humana.
Todos no reino ficaram muito tristes com a partida da nossa princesa Belizária. Tanto que a despedida aconteceu há um ano e a mamãe humana não conseguia nem escrever sobre a linda história de amor que este serzinho maravilhoso viveu, porque as lágrimas até hoje, a impedem de prosseguir.
Hoje, a mamãe humana anda pela casa, sentindo a falta da sua companheirinha, tanto quanto sente a falta do rei Teobaldo e da rainha Anastácia, porque a princesa Belizária sempre esteve a seu lado, demonstrando seu amor e a saudade da sua BB é enorme!
Espero que minha filhota de quatro patas esteja feliz e brincando com outros cachorrinhos no céu, como um anjinho lindo que sempre foi e desfrutando também do carinho do vovô e da vovó humanos.
Abaixo fotos da Belizária em diversos momentos na família. Na primeira foto, a mamãe humana, o rei Teobaldo e a rainha Anastácia, papai e mamãe de Belizária.